Kitsune é a palavra em japonês para raposa. De acordo com o folclore japonês, raposas são seres inteligentes, com uma grande longevidade e com capacidades mágicas, que tornam-se mais fortes quando se tornam mais velhas e sábias. De acordo com a crença popular, uma raposa pode assumir a forma humana, normalmente de uma mulher bonita, uma jovem ou uma velha. As kitsune, além de poderem se transformar em humanos, também têm o poder de possessão, conseguem gerar fogo das suas caudas e boca, podem aparecer em sonhos e criar ilusões. Elas são associadas como o do Deus Xintoísta, Inari – Deus da fertilidade, da agricultura, do arroz, das raposas e da indústria -, como suas mensageiras. De acordo com a lenda, as Kitsune podem ter até nove caudas. Quanto mais caudas a raposa tiver, mais velha, sábia e poderosa ela é. De acordo com histórias, leva 100 anos para uma cauda aparecer.
As raposas são consideradas um tipo de Yokai, uma entidade espiritual. Existem duas classificações de raposas: A “zenko”, que são as raposas do bem, associadas ao Deus Inari, e as “yako”, que são mais maliciosas, e são associadas a acontecimentos ruins.
Na história Mappa Douji, oneshot que conta a história de Asaha Douji, o Hao de mil anos atrás, diz que a mãe dele era considerada uma raposa. Na época, no Japão, estavam acontecendo muitos desastres e acontecimentos ruins, que deixavam o povo em pânico. Muitas vezes, estes acontecimentos eram associados a raposas. Foi o que aconteceu com a mãe dele. Por falar com espíritos, ela foi considerada pelas pessoas como uma raposa – um demônio -, e as coisas ruins que aconteciam próximo dela eram interpretados como culpa dela, Asano Ha. Por isso, um monge foi chamado, para eliminar a raposa, e assim começa a história de Mappa Douji e inicia a história de Hao Asakura.